ATENÇÃO: Exclusivo para mulheres determinadas a mudar de carreira!

Estás sempre a contar os dias para o fim de semana? Descobre o que há de errado nesse desejo.

Quantas vezes nos encontramos a desejar ardentemente que o fim de semana chegue, como se fosse um porto seguro após uma semana árdua de trabalho? Essa ansiedade pela chegada dos dias de descanso pode ser mais do que apenas uma busca por lazer - muitas vezes está profundamente enraizada na desmotivação e na antecipação do sofrimento que o trabalho nos causa. Vem descobrir formas de identificares a origem do teu descontentamento profissional.

MUDANÇA PROFISSIONAL

Sónia Pepe

4/2/20243 min ler

white and brown book page
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Quando passamos a semana a contar os minutos até sexta-feira à tarde devemos refletir o que está por detrás deste comportamento. Esta ânsia pelo fim de semana, pode ser mais do que apenas um desejo legitimo e saudável por termos tempo de descanso, nosso, dedicado à família, aos amigos, ao lazer. Esta pressa pelo passar do tempo, está muitas vezes enraizada na desmotivação e na antecipação do sofrimento que associamos ao trabalho.

Vejamos: trabalhamos mais de 90.000 horas durante as nossas vidas. É um tempo significativo que merece ser preenchido com mais do que apenas a espera pelos dias de folga. Viver apenas para os fins de semana é, de certa forma, desperdiçar cinco ou seis dias inteiros da semana, especialmente quando o domingo já fica obscurecido pela ansiedade do que está por vir (algo que se tornou tão usual que até já ganhou um termo específico: sunday scaries).

Importante é identificarmos as causas que nos levam a desejar pelo fim de semana, de modo a que possamos avaliar o que está a acontecer na nossa relação com o trabalho para podermos corrigir essa situação.

Desvendar a origem da desmotivação no trabalho

A desmotivação no trabalho pode surgir de várias fontes, desde tarefas monótonas até relações interpessoais difíceis ou a falta de reconhecimento pelo nosso esforço. Seja qual for o motivo específico, quando nos sentimos presos numa rotina que não nos traz realização ou satisfação, é natural que desejemos ardentemente uma fuga - daí a ansiedade pelo fim de semana.

Perguntas que podes fazer para identificares a causa da tua desmotivação:

  • As minhas tarefas e responsabilidades atuais estão de acordo com os meus interesses, pontos fortes e valores?

  • Sinto-me reconhecido e apreciado pelas minhas contribuições no local de trabalho?

  • Tenho autonomia e controlo sobre o meu trabalho?

  • Existem oportunidades de crescimento e progressão na minha função ou organização atual?

  • Existe uma comunicação clara e transparência por parte da liderança relativamente aos objetivos, expectativas e mudanças na organização?

  • Tenho um sentimento de pertença e de ligação com os meus colegas e membros da equipa?

  • Existem fatores externos ao trabalho que afetam a minha motivação, tais como stress pessoal ou problemas de saúde?

  • Estou a sofrer de esgotamento devido a uma carga de trabalho excessiva, longas horas de trabalho ou falta de equilíbrio entre a vida profissional e pessoal?

  • Sinto-me desafiado e empenhado nas minhas tarefas diárias, ou estas são monótonas e repetitivas?

  • Existem conflitos ou tensões no local de trabalho que estejam a afetar a minha motivação e moral?

A reflexão sobre estas questões pode ajudar-te a compreender as causas profundas da tua desmotivação no trabalho e a identificar áreas que podem ser melhoradas ou tornar claras as mudanças que precisas de fazer e as decisões que tens de tomar.

Quebrar o Ciclo

Quebrar os ciclos da ansiedade e da desmotivação requer um esforço consciente para redefinir a nossa relação com o trabalho. Explora essa relação, mergulhando em ti.

A "felicidade no trabalho" pode parecer utópica para muitos, mas na verdade deveria ser um ponto obrigatório de reflexão.

  • Como podes ser (mais) feliz a trabalhar?

Pensa um bocadinho e escreve a tua resposta de modo a que esse processo se torne mais consciente e consigas tomar pequenas ações e decisões nesse sentido. Reflete sobre como gostarias de trabalhar, em que ambiente, em que modelo (remoto, presencial, híbrido), com que pessoas, sozinho, a fazer o quê, etc.

  • Quão perto ou quão longe estás dessa tua forma ideal de trabalhar?

Se a tua forma atual de trabalhar estiver perto do que descreveste, ou seja, se achares que o teu emprego atual é "recuperável", identifica os pontos de melhoria e investe tempo em perceber como podes ultrapassar o que te desmotiva. Se, pelo contrário, estás a anos luz do trabalho que gostarias de ter e de fazer então equaciona desenhares uma estratégia para mudares a tua vida profissional.

Lembra-te: nenhum emprego vale a pena o sacrifício do nosso tempo, da nossa saúde, da nossa motivação e da nossa autoestima.

Às vezes o único caminho é mesmo mudar. Contudo, avalia bem o momento dessa mudança e salvaguarda a tua tranquilidade financeira. Ninguém toma boas decisões quando está pressionado para pagar as contas. Opta por traçares uma estratégia profissional para executares essa mudança com menos riscos.

Além disso, é essencial encontrar formas de cultivar o bem-estar e a satisfação fora do ambiente de trabalho, dedicando tempo a atividades que nos tragam alegria, que nos inspirem e reponham a nossa energia.

Lembra-te, o nosso tempo é um recurso valioso que merece ser valorizado e aproveitado da melhor maneira possível. Devemos aproveitar cada momento da vida, em vez de apenas esperar pelos fins de semana para estarmos felizes e em paz. Vamos aprender a desfrutar de todos os dias da semana, fazendo cada minuto contar. Sê feliz.